Apesar da elevada prevalência – em Portugal, afeta três em cada dez adultos, o equivalente a 37% – a dor crónica continua a ser frequentemente subestimada e negligenciada. Mediante esta realidade, a campanha surge com o intuito de reconhecê-la como uma doença, e não como um sintoma, pelo que precisa de ser adequadamente avaliada e tratada. Pode afetar a mobilidade, a capacidade para trabalhar e os padrões de sono, para além de ter um impacto negativo na relação com a família e com os amigos.
Como tal, os doentes são encorajados a falar abertamente sobre a sua dor e a procurar aconselhamento junto de um profissional de saúde.
“O Fado é uma expressão artística da identidade portuguesa e os portugueses ainda seguem muito a ideia de que o seu destino está traçado e não há como fugir dele. Com esta campanha, pretendemos demonstrar que a dor crónica, apesar de causadora de morbilidade, absentismo e incapacidade, tem tratamento e não tem de ser um triste destino para os doentes. Da mesma forma, queremos transmitir que é possível controlar a dor crónica e viver com qualidade”, afirma Ana Martins, diretora geral da Grünenthal Portugal.
Ao mesmo tempo, a campanha procura promover o papel do farmacêutico, que fará um questionário individual de avaliação da dor aos utentes, podendo aconselhar formas para uma melhor gestão da dor e, se necessário, reencaminhar o utente para o médico.
“O farmacêutico tem um papel fundamental no aconselhamento e na prevenção de problemas de saúde e esta campanha vem dotá-los de mais conhecimento e ferramentas importantes para dar resposta a um problema tão comum, mas ainda muito desvalorizado. É fundamental que o farmacêutico, além de conhecer as opções de tratamento existentes, saiba avaliar e compreender a natureza e influência da dor crónica na vida do doente”, esclarece Ema Paulino, diretora de Projetos & Serviços das Farmácias Holon.