A falta de centros de reabilitação respiratória é uma realidade que os doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) enfrentam e contra a qual a Respira luta. Em entrevista ao Vital Health, a presidente desta associação, Luísa Soares Branco, aponta como principais causas as dificuldades financeiras e a falta de equipas multidisciplinares a trabalhar na área da reabilitação respiratória.
Nos últimos anos, tem-se registado um aumento da população idosa em Portugal o que dita algumas especificidades na incidência de determinadas doenças. Das doenças que mais se manifestam nas pessoas desta faixa etária são as respiratórias, que surgem nesta idade pelos maus hábitos que se cometeram durante anos, como o tabagismo e a prolongada exposição a poluentes, mas também devido a causas naturais como as alterações do sistema respiratório e a sua deterioração, inerentes ao envelhecimento.
As infeções respiratórias surgem frequentemente com a chegada dos meses frios. "As medidas preventivas protegem-nos da grande maioria das infeções. A higiene das mãos, o aconselhamento na tentativa de isolar potenciais infetados, o correto uso de lenços de papel e máscara, a diminuição de frequência de recintos públicos fechados, são ensinamentos adquiridos eficazes para diminuir a incidência de todas as infeções respiratórias", explica Helena Neves, pediatra do hospitalcuf descobertas.
“O nosso envelhecimento não é um envelhecimento saudável. É um envelhecimento com doença”. Quem o afirma é o médico Filipe Froes, na apresentação dos números da pneumonia em Portugal.
A doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) é uma doença respiratória crónica e progressiva que, gradualmente, vai retirando a capacidade de respirar. A partir dos 40 anos, fumadores e ex-fumadores entram no grupo de risco desta doença, mas grande parte ignora os sintomas e permanece sem diagnóstico.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo de tabaco na Europa é responsável por um milhão e 200 mil mortes anuais.