A doença coronária é causada pelo acumular de colesterol e de outras substâncias nas paredes das artérias, criando uma placa. Esta é a causa principal para o entupimento das artérias, uma condição debilitante e que pode por em risco a vida.
À medida que a placa endurece nas paredes dos vasos sanguíneos, vai impedindo que o sangue flua corretamente pelo corpo, potenciando a formação de coágulos sanguíneos que bloqueiem totalmente pequenos vasos. Quanto mais vasos bloqueados existirem, maior dificuldade terá o coração em trabalhar, aumentando assim a pressão arterial e danificando órgãos vitais, como o coração, cérebro, rins e olhos. Como resultado, podem ocorrer ataques cardíacos, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral, insuficiência renal e problemas de visão.
Tradicionalmente, o tratamento da doença coronária é feito através de um procedimento invasivo por cateterismo cardíaco com intervenção, designado por angioplastia coronária. Este procedimento, passa pela desobstrução da artéria com colocação de uma prótese metálica com fármaco, definitiva, e que vai restabelecer a passagem de sangue arterial para o músculo cardíaco que estava em isquémia, ou falência, impedindo o enfarte do miocárdio. Estas próteses são definitivas, e no caso de múltiplas lesões, são colocados múltiplos stents permanecendo a artéria enjaulada, sem os seus movimentos naturais e impossibilitando a cirurgia cardíaca a longo prazo.
Recentemente surgiu uma nova abordagem no tratamento da doença coronária, o Magmaris, desenvolvido pela Biotronik, que consiste num stent que, ao contrário das outras próteses que permanecem definitivamente dentro da artéria, tem a capacidade de se dissolver naturalmente no organismo deixando, ao fim de dois anos, a artéria nativa, como se não tivesse ocorrido nenhuma lesão anteriormente. Este novo dispositivo permite assim a recuperação dos movimentos naturais de dilatação e contração, possibilitando uma “regeneração” da artéria.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de mortalidade entre os portugueses, sendo a hipertensão um dos fatores que mais contribui para o risco do seu desenvolvimento.
O cancro digestivo regista números bastantes elevados em todo o mundo, pelo que Portugal não é exceção, representando 10% da mortalidade portuguesa e matando atualmente um português por hora. O aumento da esperança média de vida e a prática de estilos de vida menos saudáveis constituem uma fórmula favorável a este tipo de situações. Como tal, este é um tema que tem recebido muita atenção dos especialistas, nomeadamente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG). Para este sábado, 26 de janeiro, está marcada a Reunião Monotemática da SPG 2019, em cuja comissão organizadora estão presentes os gastrenterologistas Rui Tato Marinho e Marília Cravo. Segundo afirmam, aqui vai ser discutido o impacto que os cancros do aparelho digestivo têm, sendo "aqueles que constituem cerca de 1/3 de todos os cancros".