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A endometriose trata-se de uma patologia dolorosa, desconhecida e cujo diagnóstico, na maior parte dos casos, é tardio. Dores menstruais muito fortes, dor durante as relações sexuais, dor pélvica crónica, dor ao urinar ou evacuar, pequenas perdas de sangue antes ou entre o período, são alguns dos sintomas da doença.
15% das mulheres portuguesas em idade fértil sofrem de endometriose, sendo que a grande maioria dos diagnósticos surge entre os 25 e os 35 anos de idade. Estima-se que nas doentes com esta patologia, a taxa de gravidez natural por ciclo seja menor do que 2%, sendo que nas mulheres que não apresentam esta doença a taxa ronda os 20%.
Em comunicado, Sérgio Soares, diretor da clínica de fertilidade IVI Lisboa, refere que "entre 30% a 50% das mulheres que o grupo IVI recebe nas suas clínicas tem problemas de endometriose, o que converte a doença na terceira causa de infertilidade feminina". No entanto, esclarece que "a procriação medicamente assistida apresenta respostas para as mulheres que precisam de conciliar a doença com a maternidade, seja numa perspetiva preventiva, através da vitrificação de óvulos ou para ajudar a engravidar com recurso a tratamentos de fertilidade". Para além disso, Sérgio Soares garante que a "gravidez tem benefícios para a doença, já que alguns níveis de endometriose se curam ou se reduzem durante o período em que o ovário permanece inativo”.