É praticamente unânime: os maiores desafios que se colocam aos profissionais de Saúde no que diz respeito à asma são melhorar significativamente o diagnóstico e o controlo da doença. Em entrevista ao Jornal de Saúde Pública, o vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) afirma que quase metade dos asmáticos portugueses não tem a doença controlada. Melhorar a adesão ao tratamento é outro grande desafio, até para melhorar a qualidade de vida de quem vive com asma.
Sendo uma das mais comuns doenças crónicas a nível mundial, a asma é, ainda, uma doença subdiagnosticada. Mesmo não tendo cura, pode ser controlada e os doentes podem ter uma boa qualidade de vida. A coordenadora da Comissão de Trabalho da Asma da Sociedade Portuguesa de Pediatria afirma que, com a terapêutica adequada, o doente com asma pode passar longos períodos sem qualquer sintoma.
O Estado português desembolsa, anualmente, 929€ por cada criança com asma e 708€ no caso de ser já adulto, sendo que estes valores aumentam para o dobro em doentes com a doença não controlada. No âmbito do Dia Mundial da Asma, com data a 1 de maio, a campanha Vencer a Asma procurou sensibilizar para a importância da redução do número de casos subdiagnosticados de asma em Portugal.
A Fundação do Oriente recebe o encontro “Viver sem Fôlego”, uma iniciativa promovida pela AstraZeneca, no âmbito do programa Precision, que acontece amanhã, dia 6 de dezembro. A sessão tem como principal intuito promover o debate acerca da asma em Portugal.