Com a chegada do pico da gripe, a Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) alerta para o risco agravado de pneumonia. “Estamos prestes a assistir ao pico da incidência da gripe e com ele aumentará, também, o número de casos de pneumonia. Só por si, a gripe intensifica o risco de pneumonia”, explica José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão.
Os sintomas da gripe podem ser semelhantes aos da pneumonia, sendo que a maioria da população tem dificuldade em distingui-los podendo, por isso, subvalorizar situações potencialmente graves.
Os quadros de pneumonia e gripe uma vez confundidos podem atrasar a procura de ajuda médica. Tosse com expetoração, febre, calafrios, falta de ar, dor no peito quando se inspira fundo, vómitos, perda de apetite e dores no corpo são sintomas possíveis da pneumonia, que podem surgir como complicação de uma gripe. A FPP aconselha uma particular atenção a quadros de gripe que não apresentem melhorias, ou que vão piorando de forma continuada.
“A prevenção continua a ser a melhor solução para travar esta doença”, acrescenta José Alves. “O conhecimento dos sintomas, o recurso atempado aos cuidados médicos, à vacinação contra a gripe e à vacinação antipneumocócica, poderão fazer a diferença”, alerta o presidente da FPP.
O pneumococo é o responsável por, aproximadamente, 1.6 milhões de mortes por ano em todo o mundo, sendo, por isso, uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação. Em Portugal, custa uma média de 80 milhões de euros por ano, o que significa que, por dia, se gastam 218 mil euros apenas com tratamento e internamento.