Já Wagner mostrou através das suas óperas a íntima relação entre a música, a linguagem e as emoções. Vários especialistas são unanimes na teoria de que o músico pretendeu explorar o cérebro e o comportamento com o poder da música. Entretanto, foram desenvolvidos várias pesquisas sobre esta relação, sendo cada vez mais evidente a contribuição da música no entendimento da mente humana.
De acordo com estudos, as experiências musicais melhoram a perceção da linguagem, porque a música e a fala têm em comum alguns sistemas de processamento cognitivo. Como consequência, a música têm influência no desenvolvimento e aprendizagem da leitura. Aliás, pesquisas com crianças de oito anos com oito semanas de educação musical demonstraram haver melhorias na cognição. Os alunos desta disciplina fixaram mais 17 por cento da informação do que aqueles que não tinham educação musical. Tal é explicado pela capacidade de o discurso oral fazer uso extensivo da audição dos padrões estruturais que se baseiam nas diferenças do timbre entre fonemas, sendo que a educação musical ajuda a desenvolver as capacidades que melhoram a perceção destes padrões.
Para além de tudo isto, é sabido que a música assume um papel estimulante e está provado que auxilia a aprendizagem das crianças com necessidades especiais de aprendizagem.
Em Portugal também estão a decorrer estudos sobre o desenvolvimento musical na infância, nomeadamente no Laboratório de Música e Comunicação na Infância do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. O Projeto Opus Tutti também se dedica a este assunto.