Portugal integrou este projeto em 2011. Relativamente ao balanço da SFL no país, Hélder Pereira enfatiza que se observou um aumento dos doentes que ligaram para o 112 (de 35,2% em 2011 para 46,6% em 2016), e uma diminuição da percentagem de doentes que se dirigiu para hospitais sem cardiologia de intervenção (54,5% vs 42,4%). “Também se verificou um aumento do transporte pré-hospitalar pelo INEM (13,1% vs 30,5%) e do transporte secundário (0,5% vs 8,1%)”. Ainda que nem todos os aspetos revelem melhorias, o novo coordenador da SFL na Europa e na Rússia garante que “Portugal tem sido indicado como um exemplo” na implementação da iniciativa.
O novo coordenador da iniciativa refere que, se por um lado, a globalização espelha o sucesso do SFL, também significa um grande desafio. “O projeto congrega, agora, realidades muito diferentes: desde países em que a maioria dos doentes não é reperfundido, a outros em que ainda só se usa a estreptoquinase, ou em que a taxa de revascularização por Angioplastia Primária (P-ICP) é superior a 90%”, disse o cardiologista. E acrescentou: “não temos dúvidas de que a experiência de países que já se encontram numa fase mais avançada deste processo, como é o caso de Portugal, será de grande utilidade para aqueles que ambicionam melhorar o tratamento do enfarte”.
A Stent Save a Life foi lançada pela European Association of Percutaneous Cardiovascular Interventions (EAPCI) da Sociedade Europeia de Cardiologia com o objetivo de assegurar que os doentes com enfarte agudo do miocárdio com supra ST têm acesso ao tratamento indicado, a angioplastia primária, reduzindo as assimetrias regionais e melhorando o prognóstico destes doentes.