“O grande problema da Saúde em Portugal, neste momento, prende-se com a falta de recursos humanos. O Serviço Nacional de Saúde está cada vez mais a ser esvaziado dos seus profissionais médicos e não-médicos e isso tem um preço, que estamos agora a pagar. Se a isso associarmos o facto de as vagas em Cardiologia não terem sido planeadas convenientemente, há hoje hospitais com uma clara falta de profissionais, pelo que é natural que alguns deles não consigam dar resposta às solicitações em tempo útil”, afirmou o presidente da SPC num comunicado de imprensa.
No mesmo, lembrou que de acordo com a Portaria n.º 153/2017, de 4 de maio, ficaram definidos os tempos máximos de resposta garantidos no SNS para todo o tipo de prestações de saúde sem caráter de urgência.
No caso da Cardiologia, para as primeiras consultas em situação de doença cardíaca suspeita ou confirmada, o tempo de diagnóstico completo e de apresentação da proposta terapêutica ficou estabelecido em 15 a 45 dias após a indicação clínica para os doentes prioritários (nível 2) e 45 dias seguidos após a indicação clínica para os doentes eletivos (nível 1), incluindo-se nestes tempos a realização dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica que sejam necessários para estabelecer o diagnóstico, elaborar a proposta terapêutica e a apresentação à cirurgia ou à intervenção cardiológica.
Para a primeira consulta de especialidade hospitalar, o diploma fixou um tempo máximo de 120 dias seguidos a partir do registo do pedido da consulta efetuado pelo médico assistente através do Sistema Integrado de Gestão do Acesso dos utentes ao SNS.