Os números são claros: uma pessoa com diabetes tem, no mínimo, duas vezes mais probabilidade de contrair pneumonia, e, em média, fica internado mais um dia do que um indivíduo que não sofra da doença. A mortalidade, nestes casos, também é superior.
A diabetes diminui as defesas do hospedeiro e cria condições para a infeção por bactérias como o pneumococo. A vacinação é a forma mais eficaz de prevenirmos esta e outras doenças graves e está agora recomendada pela SPEDM.
“Existe uma norma da DGS que recomenda a vacinação antipneumocócica a todos os adultos (idades superiores a 18 anos) pertencentes aos grupos de risco. É com enorme satisfação que assistimos ao reforço desta recomendação pela SPEDM a um grupo que nos é tão próximo. A prova de que vale a pena apostar na sensibilização e na divulgação de informação junto da comunidade, seja através da FPAD, ou do MOVA”, explica Emiliana Querido, presidente Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes (FPAD), uma das 15 associações que integram o Movimento Doentes pela Vacinação (MOVA).
“É fundamental sensibilizar as pessoas. Dotá-las de conhecimento. Sabemos que nove em cada 10 adultos com mais de 50 anos não estão vacinados contra a pneumonia, e que a maioria não o faz por falta de aconselhamento médico. Trabalhamos, diariamente, para inverter esta tendência e contribuir para a melhoria da esperança e da qualidade de vida da população. Tomadas de posição como esta da SPEDM são excelentes notícias, fundamentais para a redução da mortalidade por doenças preveníveis por vacinação”, conclui Isabel Saraiva, presidente da Respira e fundadora do MOVA.