Os resultados também desvendou uma ligação entre os sentimentos de solidão e a falta de contacto com os outros, tanto a nível físico como emocional. Pessoas de todo o mundo expressaram o seu desejo de recuperar o que perderam, assim que seja possível.
Neste estudo abrangente, nove em cada dez inquiridos, antes e durante a crise pandémica de COVID-19, afirmam que o toque humano é determinante para terem uma vida feliz e realizada. No entanto, este desejo universal, fica insatisfeito.
De cada cinco pessoas que vivem sozinhas, quatro reportaram que não experienciam o toque humano numa base diária. Quase dois de cada três desejam poder receber mais abraços. Pessoas a viver sozinhas ou pais solteiros, bem como adolescentes e são os mais afetados pela solidão. Dos pais solteiros, 23% manifestaram que se sentem sozinhos, ao mesmo tempo que 24% dos adolescentes afirmaram o mesmo – versus uma média global de 16%.
Os benefícios para a saúde física e psicológica do toque humano estão comprovados cientificamente. No entanto, com o toque humano com um papel cada vez menos presente na vida moderna, os inquiridos classificaram os seus benefícios para a saúde como algo “novo para eles”, mas simultaneamente importante.
Para sete de cada dez pessoas inquiridas, o toque humano não está no seu top of mind. Uma vida ocupada, a ascensão das tecnologias e a confusão sobre os níveis adequados de toque interferem com a satisfação da necessidade das pessoas do contacto pele-com-pele. Um melhor conhecimento sobre os benefícios do toque poderia inspirar 86% dos inquiridos a incluir mais toque humano na sua vida diária.
A COVID-19 ressaltou a importância do toque humano, mas tornou mais difícil conseguir experienciar o contacto pele-com-pele de que precisamos.
A maioria das pessoas em todo o mundo aceitou a necessidade de estar socialmente distante e adaptou o seu comportamento a esta limitação. Os resultados da investigação mostram que as pessoas em todo o mundo sacrificaram o toque físico durante a pandemia e muitas vezes enfrentaram a solidão, como resultado disso.
Das pessoas inquiridas, 75% disse, ainda, que o isolamento as fez perceber como o toque físico é importante para a saúde. Mais de um terço das pessoas globalmente esperam que o toque físico dos contactos do seu círculo próximo (família, amigos chegados), aumente depois da crise pandémica, mas que o toque físico dos mais distantes (colegas de trabalho, conhecidos), diminua a longo prazo, como resultado da pandemia.